1428 – Série de quatro apresentações em Belo Horizonte (MG) homenageia centenário do compositor carioca Zé Kéti

#Samba # Bossa Nova #Carnaval #MúsicaBrasileira #CulturaPopular

Renomados artistas nacionais vão se revezar no palco do CCBBB em shows presenciais que serão simultaneamente transmitidos por canal virtual nos mesmos dias do evento

O Centro Cultural Banco do Brasil Belo Horizonte (CCBBBH) apresentará entre 19 e 22 de agosto, sempre a partir das 20 horas, Zé Kéti – 100 Anos da Voz do Morro, realizado pela Duo Produções com idealização e curadoria da publicitária Stella Lima e patrocínio do Banco do Brasil . As quatro rodadas reunirão atrações de diferentes gerações, com o objetivo de enaltecer e perpetuar o legado do cantor e entre os convidados para interpretar as obras do saudoso carioca nascido José Flores de Jesus no bairro Inhaúma estão  João Cavalcanti, Zé Renato, Cristóvão Bastos, Sururu na Roda, Casuarina, Fabiana Cozza, Moacyr Luz e Nilze Carvalho. O projeto integra a programação do mês do aniversário do CCBBBH, que completará em 17 de agosto oito anos de atividade. Simultaneamente, haverá sessões com transmissões virtuais grátis, programadas para os mesmos dias e horários das sessões presenciais pelo canal do Youtube do Banco do Brasil ( www.youtube.com/bancodobrasil)

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1149 – Yamandu Costa e Thadeu Romano aliviam saudades do mestre Dominguinhos em show único no Sesc Pinheiros (SP)*

Repertório  vai passear por músicas dos discos que o violonista gaúcho gravou com o sanfoneiro de Pernambuco, mesclado a sucessos de Tom Jobim, Sivuca, Abel Ferreira, Chico Buarque, Luiz Gonzaga…
*Com Lu Lopes (Rubra Rosa Projetos Culturais)

Yamandu Costa e Thadeu Romano vão apresentar Salve Dominguinhos, trazendo de volta aos palcos composições de Yamandu + Dominguinhos e Lado B (discos que ambos gravaram juntos, em 2007 e em 2010) com uma única apresentação marcada para a noite de sexta-feira, 1º de fevereiro, na unidade Pinheiros do Sesc da cidade de São Paulo (ver guia Serviços). Em 2018 completamos cinco anos sem o sanfoneiro pernambucano que nos deixou em 23/7/2013. Mais do que as saudades, ele nos deixou um legado imenso de obras para música. Seu Domingos, apesar de ter partido aos 72 anos, encantou jovens músicos de várias gerações e, por essa razão, sempre viveu cercado pela novidade da juventude.

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668 – Sesc Pinheiros (SP) promove com Renato Varoni e Marcus Ferrer segunda noite da Série Erudita Viola em Concerto

O Barulho d’Água Música acompanhou na noite de 30 de setembro a segunda rodada da Série Erudita Viola em Concerto, que entre agosto e dezembro, mensalmente, sempre na última quarta-feira de cada mês, oferecerá concertos, conferências e masterclasses com grandes nomes da viola instrumental brasileira, buscando mostrar a versatilidade deste instrumento que se confunde com a formação histórica do Brasil. Sob a curadoria do violeiro, compositor, pesquisador e professor Ivan Vilela , a Série buscará estabelecer relações, diálogos e contrapontos no intuito de contribuir para a ampliação e formação de repertório do público em geral.

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Os convidados do dia 30 de setembro foram os cariocas Renato Varoni e Marcos Ferrer. Varoni ministrou a palestra Os caminhos da viola no mundo urbano: Rio de Janeiro – século XIX, seguida pelo concerto de Marcos Ferrer. De acordo com ele, após a transferência da corte portuguesa para o Brasil em 1808 e com a recolocação de 15.000 membros da aristocracia no Rio de Janeiro, teve início um processo civilizatório que transformou política, econômica e culturalmente a então capital do país naquele começo de século XIX. O carioca teve de se adaptar a uma inusitada realidade, levando-o a incorporar novos costumes e a rejeitar outros que passaram a ser considerados ultrapassados.

Nesse contexto, a viola, um dos cordofones mais populares no país desde o século XVI, começou a cair em importância no Rio de Janeiro, enquanto o violão e seus similares como a viola francesa (ou “guitarra francesa”) ocuparam, gradativamente, o papel de principal acompanhador da música popular à medida que os anos 1800 avançavam. Renato Varoni apoiou-se em representações musicais na literatura e na iconografia da época paara durante a palestra mostrar como o declínio da viola no Rio de Janeiro esteve atrelado às disputas sociais mais amplas, resultando na desvalorização simbólica do instrumento ante forças que pretendiam europeizar e modernizar a cidade.

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Renato Varoni tem experiência na área de música popular brasileira como músico, professor e pesquisador. Dedica-se desde 2003 à investigação dos cordofones luso-brasileiros, e é especialista em viola de arame. Concluiu doutorado em Etnomusicologia pela Queens University Belfast com a tese Tuning in to the past: the viola and its representations in 19th century in Rio de Janeiro  e mestrado em Musicologia Histórica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com a dissertação Os caminhos da viola no Rio de Janeiro do século XIX , posteriormente ao Bacharelado em Música com habilitação em Música Popular Brasileira também pela UFRJ. Atualmente,escreve artigos sobre a viola e leciona temporariamente na Universidade Federal do Maranhão (MA).

O concerto que Marcus Ferrer apresentou no Sesc Pinheiros seguiu repertório baseado em acurada seleção de diversos compositores nacionais, entre os quais Guerra-Peixe (Prelúdio número 5), Villa-Lobos (Prelúdio número 2), Radamés Gnattali (Estudo número 5), Edino Krieger (Ponteando), Marisa Resende (Psiu!) bem como composições próprias, tais quais Modinha Prelúdio e Toada Serra Mar, além de peças criadas especialmente para o músico, como Casa de Ferrer, Viola de pau, de Jorge Antunes (DF). Nesta execução, o músico inovou utilizando um arco de violino para tocar uma das suas duas violas e a encerrou com a viola segura pela mão esquerda, em posição vertical com a frente voltada para a plateia e elevada enquanto a vibração das cordas e da batida que ele dera no tampo ressoavam pelo ar; Ferrer levou ao palco duas violas, uma das quais, centenária, tocou a maior parte do concerto, afinada em “rio abaixo”, e com a qual também executou ainda os chorinhos Magoado (Dilermando Reis), Carinhoso (Pixinguinha) e Odeon (Chiquinha Gonzaga); o violeiro Neymar Dias prestigiou o concerto e tocou a viola centenária após o encerramento do concerto.

12049618_992422467488790_5496190345852504206_nMarcus Ferrer é professor da UFRJ, doutor em Teoria e Prática da Interpretação, com a tese A viola de 10 cordas e o Choro: arranjos e análises, pela Universidade Federal do Estado do Rio/UniRio. Mestre em Composição, defendeu a dissertação Choros 4 e Suíte Retratos: o Choro visto por Heitor Villa-Lobos e Radamés Gnattali pela Escola de Música da UFRJ. Ferrer ainda é compositor, violonista e violeiro, além de fundador e integrante da Orquestra de Cordas Brasileira com a qual ganhou três prêmios Sharp: melhor grupo de música instrumental e melhor disco de música instrumental; e melhor disco de música instrumental com Chiquinho do Acordeon e Raphael Rabello. Classificou-se em terceiro lugar no II Prêmio Syngenta de Música Instrumental de Viola com Toada Serra Mar.

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Próximas atrações da Série Erudita Viola em Concerto

28 de outubro, 19 horas – Conferência com Paulo Castagna: A difusão das violas no Brasil, do século XVI ao início do século XIX/ 20h30 – Concerto: Fabrício Conde (Juiz de Fora/MG)
29 de outubro, 19 horas – Masterclass: A viola percussão de Fabrício Conde
25 de novembro –  Conferência com Lia Marchi: Entre Brasil e Portugal: viola e tradição/ 20h30 – Concerto: Duo Arcoverde, com André e Adelmo Arco Verde (Nazaré da Mata/PE)
9 de dezembro – Conferência com  José de Souza Martins: O Caipira, modos de ser e de não ser/ 20h30: Concerto: Duo Catrumano, com Rodrigo Nali e Anderson Baptista (Campinas/SP)
O Sesc Pinheiros fica na rua Paes Leme, 195,  a menos de 1.000 metros das estações Faria Lima da linha 4 Amarela do Metrô e Pinheiros da CPTM, com saída pela praça Victor Civita. Para mais informações telefone para 11 3095-9400 e visite sescsp.org.br/pinheiros.
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Jane do Bandolim e Miado do Gato revivem com maestria mestres do chorinho no Sesc Consolação (SP)

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Jane Silvana Corilov é reconhecida dentro e fora do país e desde 1998 porta o título de “Rainha do Bandolim Brasileiro”; sua biografia consta no Livro do Bandolim, com edições na Alemanha e nos Estados Unidos. O nome do quinteto é uma homenagem ao gato Branco, que dormia sobre suas partituras (Foto: Marcelino Lima)

O Barulho d’Água Música acompanhou na noite de segunda-feira, 13, mais uma rodada do Instrumental Sesc Brasil, atração de todas às segundas-feiras do Sesc Consolação (SP). Jane do Bandolim e o Miado do Gato foram os convidados desta vez e recordaram no palco do Teatro Anchieta vários clássicos de autores do chorinho como Jacob do Bandolim, Pixinguinha, Radamés Gnatalli, Ernesto Nazareth. Mais conhecido como sambista, Paulinho da Viola também entrou na roda com a inclusão no repertório da composição Beliscando.

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