1512 – Graziela Medori (SP) grava pela Kuarup releitura de disco clássico de Caetano Veloso eleito um dos dez melhores do Brasil

#MPB #Afoxé #Pop #Rock #Reggae #CulturaPopular

Com novos arranjos e elementos, Transando o Transa está disponível nas plataformas digitais e apresenta as canções originais do “discobjeto” Transa, que o baiano concebeu durante o exílio na década dos anos 1970

A cantora paulistana Graziela Medori está lançando Transando o Transa, uma releitura do célebre Transa, que Caetano Veloso gravou em 1971 e chegou ao mercado nacional em 1972 – um álbum, portanto, que tem meio século, mas conserva-se clássico. O projeto é da Produtora e Gravadora Kuarup, que já trouxera Graziela ao final de 2020, ao lado de Alexandre Vianna, reinterpretando canções do Clube da Esquina em Nossas Esquinas.

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1122 – “O Banquete dos Mendigos”: disco duplo de Jards Macalé e um coletivo de artistas que peitaram a ditadura completa 45 anos

Bolachão foi gravado ao vivo na cidade do Rio de Janeiro,  em clima tenso, com tropas dentro e fora do MAM e ficou seis anos “recolhido” até finalmente ser lançado em 1979, intercalando músicas e os 30 artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que, naquele dia, completava 25 anos

Com o blogue Criatura de Sebo e Jornal GGN

O Barulho d’água Música retoma a série Clássico do Mês para nesta mais nova atualização antecipar a comemoração do aniversário de 45 anos, que ocorrerá em 10 de dezembro, do álbum O Banquete dos Mendigos, gravado ao vivo, em 1973, no Museu de Arte Moderna (MAM), na cidade do Rio de Janeiro. E por que antecipar a matéria sobre este emblemático disco? Para recordar  nestes tempos em que há nuvens sombrias pairando sobre os valores e as instituições que promovem a democracia, o respeito e amor ao próximo, que o show que resultou na gravação do projeto dirigido por Jards Macalé comemorava, naquela ocasião, os 25 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, mas também tinha a função de chamar a atenção da população brasileira para a violação, em larga escala e sob aplicação de intensa violência, de direitos civis pelos militares que estavam no poder. Após a Comissão Nacional da Verdade, recentemente, entregar seu relatório oficial sobre as barbaridades cometidas em nome do Estado nos anos de chumbo, cobrou-se a punição aos crimes da ditadura, o fim de seus “entulhos” — resquícios como os “autos de resistência”, que ceifam a vida da juventude negra nas periferias do país, a perseguição às minorias que formam o segmento LGBT,  aos partidários de setores mais à esquerda do espectro político — que candidatos durante as mais recentes eleições voltaram a demonizar, atribuindo a adversários socialistas, por exemplo, pechas e rótulos que não só os desumanizam, como os transformam em “monstros”, trazendo das trevas, por exemplo, a ridícula crença de que “comunistas” são por si só homens maus e que estes “comem criancinhas”, como se dizia naquela época na qual as “fake news” já estavam por ai.   Continuar lendo

1504- Cultura popular do Brasil perde mestre Vidal França, cantor, compositor e maestro baiano

#MPB #Aporá #Bahia #CulturaPopular

Na minha terra, as estradas são tortuosas e tristes/Como o destino de seu povo errante/

Viajou?/Se ardes em sede/Bate sem susto ao primeiro pouso e terás/Água fresca para a tua sede/Rede cheirosa e branca para teu sono/

Na minha terra o cangaceiro é leal e valente/Jura que vai matar e mata/Jura que morre por alguém e morre/

Nasci nos tabuleiros mansos do Quixadá/Me criei nos canaviais do Cariri/Entre caboclos belicosos e ágeis/

Eu sou o seringueiro que foi destravar a selva virgem do Amazonas/

Eu sou o sertanejo que planta de sol a sol o algodão para vestir o Brasil/

Brasil onde mais energia?/Nas águas de um só destino do teu Salto de Sete Quedas/Ou na vida de mil destinos do teu jagunço?/Aventureiro e nômade/Filho de gleba/Fruto em sazão ao sol dos trópicos!/

Eu sou o índice de um povo:/Se o homem é bom, eu o respeito/Se gostar de mim, morro por ele/Se no entanto, por ser forte, entender de humilhar-me:/Ai, sertão, viverei o teu drama selvagem/Te acordarei ao tropel de meu cavalo errante/Como antes te acordava/Ao choro de minha viola.

Terra Bárbara, faixa do álbum Fazenda, de Vidal França, que interpreta texto de Jader de Carvalho

Da minha parte, continuo com o meu compromisso com a arte, e os meus parceiros têm essa mesma visão: de não se deixar levar pelo sistema, pela falsa democracia, lutando contra a correnteza, preservando a cultura e o povo (Vidal França)

O cantor, compositor e instrumentista Vidal França morreu de causas naturais no sábado, 12 de fevereiro, na cidade de São Paulo, onde foi velado e sepultado no Cemitério de Vila Alpina no dia seguinte. Filho do cantor, compositor e repentista Venâncio (da dupla Venâncio e Corumba), o pai há 76 anos o batizara como José Calixto de Souza, após nascer em Aporá, no sertão da Bahia, em 7 de outubro de 1946. Venâncio queria seguir a carreira artística e com o garoto ainda com 7 anos veio com a família para a cidade de São Paulo, em 1953. Na terra que o acolheu e onde dezenas de pessoas entre familiares e amigos durante a despedida prestaram a Vidal França as últimas homenagens cantando sucessos de sua discografia, o músico cursou a Faculdade Superior de Música São Paulo, onde se formou maestro arranjador, outra de suas habilidades.

Composições do mestre maestro Vidal França são tocadas em meus aparelhos de som desde o começo da juventude, em sua própria voz, por João Bá e Dércio Marques (estes dois dos seus principais parceiros, também já chamados ao Plano Maior) ou Diana Pequeno e Katya Teixeira, por exemplo. Em maio de 2015, muito honrado, estive com ele em um dos saraus que o Instituto Juca de Cultura (IJC) costumava promover, no bairro paulistano Sumarezinho, sob a batuta do anfitrião poeta e compositor Paulo Nunes, suspensos há já quase dois anos por conta do flagelo da Covid-19.

A morte de Vidal França nos pegou todos de surpresa e ocorreu no mesmo dia em que partiu – bem antes do combinado – também minha ex-esposa, Rosa Barna, fechando uma semana em que já haviam nos deixado outro amigo querido, aqui de São Roque (SP), e um tio de minha atual companheira, Andreia Beillo. Quatro pauladas para  lutos que ainda me abatem, fases para as quais jamais estaremos totalmente prontos para experienciar e compreender, ainda mais quando nos privam de pessoas que se dedicaram ao bem comum e promoveram a cultura do amor e da paz entre seus valores.

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1336 – Graziela Medori e Alexandre Vianna lançam disco dedicado à obra do Clube da Esquina

#MPB #ClubeDaEsquina

Nossas Esquinas, que a Kuarup já disponibiliza nas plataformas virtuais e também sairá no formato físico, revisita composições dos dois antológicos álbuns do grupo musical mineiro, um dos mais famosos de todos os tempos no país

O Clube da Esquina nasceu de um encontro de artistas que agitava a confluência das ruas Divinópolis com Paraisópolis, no bairro de Santa Tereza, em Belo Horizonte.(MG), promovendo forte junção entre músicos e compositores mineiros, mas acima de tudo, da amizade entre eles, que foi o maior dessa geração de artistas que descobria a música uma forma de se expressar. Milton Nascimento, Lô e Márcio Borges, Fernando Brant, Nelson Ângelo, Ronaldo Bastos, Beto Guedes, Toninho Horta e Wagner Tiso, dentre outros, contribuíram para a criação de uma sonoridade única que reúne influências forte da banda britânica The Beatles, da música latino-americana, dos negros e dos índios com o canto das igrejas, com letras cujos temas abordam a importância da amizade genuína e revelam momentos políticos vividos na década dos anos de 1970, fincadas em raízes ancestrais e no sentimento coletivo de amor e perseverança.

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1323 – Jornalista e músico paulistano Zuza Homem de Mello sobe ao Plano Maior

#MáscaraSalva #StopCovid19

#MPB #MúsicaIndependente #CulturaPopular

#Respeito #Pluralidade #Diversidade #Tolerância #Liberdade #Generosidade #Gentileza #Ética #Democracia #BLM #RespeitoAosAnimais

#VivaZuzaHomemDeMello

#ForaFrias #ForaSalles #ForaBolsonaro  

O músico, jornalista e escritor Zuza Homem de Mello foi encontrado morto, aos 87 anos, pela família, em sua casa, situada no bairro paulistano de Pinheiros, na manhã deste domingo, 4 de outubro. A causa da passagem dele ao Plano Espiritual foi infarto, sofrido enquanto Zuza dormia. Devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), apenas familiares puderam se despedir durante o curto velório. Em comunicado publicado nas redes sociais, a viúva de Zuza, Ercília Lobo, filhos e netos do casal assinaram nota com o seguinte teor:

“Com enorme dor no coração comunico que perdemos nosso querido Zuza. Ele morreu dormindo, de infarto, após termos brindado na noite de ontem todos os projetos bem sucedidos. Em 35 anos de uma vida compartilhada, pude testemunhar o amor desse homem pela vida, pelo seu trabalho e pela música. Zuza nos deixou em paz após viver uma vida plena!”

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1200 – Kuarup estreia no audiovisual com série sobre bastidores do pop brasileiro nos anos 1970

A História Secreta do Pop Brasileiro, dirigida pelo jornalista André Barcinski, traz Gretchen, Raul Gil, Os Pholhas, Dudu França e Gilliard entre outros em oitos episódios, a partir do dia 17

Produzida pela Kuarup e dirigida pelo jornalista André Barcinski, História Secreta do Pop Brasileiro revela histórias desconhecidas dos bastidores da música pop brasileira. O lançamento, quando serão apresentados os três primeiros episódios, será no dia 17 de junho, às 21 horas, durante o 11º. Festival In-Edit Brasil. Após a exibição haverá um debate com Barcinski e o produtor musical Hélio Costa Manso, com mediação da jornalista, escritora, curadora e DJ Cláudia Assef.

Quem foram os “clones” brasileiros de astros internacionais como Trini Lopez? Como surgiu a onda dos “falsos gringos”, que revelou, na década dos anos 1970, nomes como Morris Albert e Mark Davis (Fábio Júnior)? Quem foi responsável pela explosão da música infantil nos anos 1980, com nomes como Xuxa e A Turma do Balão Mágico? Quem eram os músicos de estúdio que gravaram – sem créditos – tantos clássicos do nosso pop?

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1127 – Novo álbum de Arthur Noronha (GO) já está disponível em streaming e explora lado oculto da viola caipira

Viola Cancioneira, que sucederá o excelente De tudo de mim , alia as composições do jovem músico e traços de artista plástica goiana com quatro diferentes afinações e violas para realçar o passeio pelo mundo das lendas

O cantor, compositor e violeiro Arthur Noronha, jovem talento da região Centro-Oeste do Brasil que nasceu e reside em Goiânia (GO), com bala na agulha para ter logo menos seu nome consagrado entre os maiorais do país que tocam o instrumento, está prestes a lançar seu novo álbum, Viola Cancioneira, que sucederá o excelente De tudo de mim e já pode ser ouvido em plataformas de streaming. O primeiro disco, tema da atualização 1058 do Barulho d’água Música (1º de maio de 2018), reúne 11 faixas, das quais apenas a que fecha o trabalho, Viola Destoada, não é cantada. Já o novo, com 10, é totalmente instrumental e revela o quanto Arthur Noronha é fera tanto na arte de compor, quanto na do ponteio das cordas.

O músico emprega em Viola Cancioneira quatro violas e recorre a quatro afinações diferentes (Rio Abaixo/Boiadeira/ Cebolão em E/Cebolão em D) com a intenção de ir além de apenas gravar mais um disco. Apoiado nas músicas e em elementos como as imagens do encarte, Arthur e seus amigos músicos trazem à luz (com o perdão do trocadilho!) um projeto artístico com primorosos elementos gráficos, dedicado aos amantes da viola caipira instrumental.  A proposta é explorar o misticismo que há por trás da viola, o lado dela que penetra os terrenos do oculto e do cinematográfico, com reforços do baixo elétrico e acústico de Sardinha, da percussão de Sinho e do violão aço de Túlio César.

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1110 – Solano Ribeiro relança “Prepare seu coração” em noites de autógrafos em Sampa e no Leblon

Reedição da Kuarup atualiza os caminhos da MPB dos festivais à era digital,   revisada pelo autor à luz do cenário cultural do Brasil e do mundo em 2018

 

Responsável pela existência da sigla MPB (Música Popular Brasileira) e revelação do elenco, resultado de sua iniciativa, o ex-ator, ex-roqueiro, diretor, produtor e realizador Solano Ribeiro atualizou a pedido da Editora Kuarup o livro Prepare seu Coração — Histórias da MPB,  já à venda nas melhores livrarias e que terá noite de autógrafos  na loja do Shopping Leblon da Livraria da Travessa, no Rio de Janeiro,  em 2 de outubro, depois de ser lançado com a presença do autor em 18 de setembro na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, em São Paulo (veja guia Serviços)

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1058 – Violeiro Arthur Noronha busca afirmação além de Goiânia com primeiro disco autoral

Um novo violeiro começa a buscar espaço no seleto universo da rica e diversificada música regional brasileira a partir de Goiânia, cidade Capital do Estado de Goiás, onde nasceu e vive. E novo, neste caso, não é mera força de expressão para destacar um promissor nome que está surgindo em busca de afirmação já que Arthur Noronha, cantor e compositor instrumentista de viola caipira, conta apenas… 20 anos de idade! Em 2017, seu cartão de visita reivindicando este reconhecimento chegou às lojas e plataformas digitais e é com esta credencial que o talentoso rapaz pretende alçar voos mais altos, para além do Planalto Central, ganhando os palcos para apresentação do álbum de De Tudo de Mim, que reúne o material que guardava desde a infância.

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1049 – Aniversário de Sérgio Sampaio (ES) será comemorado com show tributo no Espaço 91 (SP)

Nesta sexta-feira, 13 de abril, o Espaço 91 receberá os músicos Danilo Moura, Victor Mendes, André Rass e Pedro Macedo, integrantes do Sampaio 70, grupo que presta tributo à obra do cantor e compositor capixaba Sérgio Sampaio. A apresentação de cerca de 1h20 está programada para começar às 20h30 na casa de espetáculos situada no bairro da zona Oeste paulistana Pompeia. Moura (voz) e Mendes (voz, violões e guitarra), que integram também o Trio José, começaram em 2013 a protagonizar homenagens ao autor da consagrada música Eu Quero É Botar Meu Bloco Na Rua, sempre nos meses de abril, quando Sampaio nasceu em Cachoeiro do Itapemirim (ES) justamente em 13 de abril, de 1947, um domingo. O projeto da dupla ganhou reforços no ano passado com a entrada de Macedo (contrabaixo) e Rass (percussão). O mesmo show será atração no sábado, 14, para o o público que frequenta o Parque da Cidade Roberto Burle Marx, em São José dos Campos (SP), cidade do Vale do Paraíba.

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