1630 -Felipe Bedetti leva Afluentes para apresentação única no Teatro da Assembleia, em Beagá

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Repertório do concerto terá por base o segundo álbum do violonista que despontou aos 6 anos de idade na região que é berço de expoentes da cena musical mineira e do país, que tem participações de Toninho Horta, Tadeu Franco e Dani Lasalvia, entre outros

O cantor e compositor Felipe Bedetti apresentará Afluentes, concerto com entrada franca, ao violão, baseado no seu mais recente álbum, a partir das 19 horas da quinta-feira, 18 de maio, no palco do Teatro da Assembleia, em Belo Horizonte, capital do estado de Minas Gerais. Bedetti receberá Luadson Constâncio (piano) e Barbara Barcellos (voz) para oferecer ao público a boa sonoridade mineira que costura o repertório do disco, disponível nas plataformas digitais e que em suas dez faixas conta com participações de Barbara, Toninho Horta, Tadeu Franco e Dani Lasalvia. As músicas de Afluentes são autorais e também em parcerias com Thales Martinez, Luciano Raulino, Paulinho Pedra Azul e Ramon Gonçalves, entre outros. A #6, Gavião de penacho, de Francisco Braga, compositor dos anos da década de 1920, foi adaptada por Tadeu Franco e está na lista ao lado da releitura da anterior, #5, assinada por Dori Caymmi e Paulo Cesar Pinheiro: Serra Branca.

Este é o segundo álbum de Bedetti. Amigos e fãs já conheciam Solo Mineiro, que saiu em 2018, com canções da sua precoce trajetória artística a partir dos 16 anos (atualmente, ele tem apenas 22!). Entre 70 composições assinadas ao longo daquele período, pinçou dez para o trabalho de estreia, com parcerias de Zé Luiz Rodovalho (Campinas/SP), Martinez (Beagá/MG) e Marília Abduani (Piedade de Ponte Nova/MG). Solo Mineiro revelou em suas letras o dia a dia do Interior mineiro, da lida na roça às brincadeiras de rua, a estrada, o povo e as tradições populares. “Mesmo com pouca maturidade, foi importante ter gravado, pois adquiri um aprendizado muito importante.”

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1627 – Recordista brasileiro de prêmios em festivais de viola caipira, Bilora lança quinto álbum da carreira

#MPB #ViolaCaipira #ViolaBrasileira #CulturaPopular #MinasGerais #SantaHelenadeMinas #Contagem

Com 14 faixas, Viola Orgânica celebra várias parcerias, traz participações especiais e foi gravado com recursos próprios e do Fundo de Cultura de Contagem , cidade, onde será a apresentação

O cantor e compositor Bilora, um dos principais violeiros do país, será atração no domingo, 21 de maio, do Parque Ecológico do Eldorado, situado na cidade de Contagem (MG). Recordista na história dos festivais nacionais de viola caipira com mais de 150 prêmios, Bilora protagonizará a partir das 11 horas concerto de lançamento de Viola Orgânica, quinto álbum da carreira e que inclui entre as 14 faixas algumas já premiadas. Viola Orgânica traz parcerias e participações do cantador baiano Álison Menezes (Viola vai, Viola vem), do indígena maxakali Rogério Maxakali (Myn Yan Espinho) e do também violeiro e mineiro Wilson Dias (Estrela Guia). O autor destacou que o disco (em cuja capa do formato físico ele canta observado atentamente pelo simpático Chico, cão de estimação de uma sobrinha) propõe a necessidade de valorizar a simplicidade e a pureza dos universo pessoal e interpessoal, tanto no que diz respeito à saúde, por exemplo, como, ainda, à preservação do meio ambiente, passando pela relação com a cultura e as tradições que definem nossa identidade e se fundamentam como valores humanos.

Valmir Ribeiro de Carvalho/Bilora nasceu em Santa Helena de Minas, situada no Vale do Mucuri, próxima à divisa com o Sul da Bahia e do Vale do Jequitinhonha. Na região onde nasceu Bilora teve estreito contato com manifestações da cultura popular como folias, batuques, cantigas de roda, contradanças, festas juninas e cordéis, experiências que ajudaram a moldar seu perfil artístico. Atualmente, reside em Contagem, um dos mais importantes munícipios das Minas Gerais. Formado em Letras, fora dos palcos atuou como professor de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira no interior de Minas Gerais e Oficina de Música. É um dos criadores e ex-presidente da Associação Nacional dos Violeiros do Brasil (ANVB) em cujo posto colaborou Brasil afora com a promoção de encontros de violeiros e seminários em torno do instrumento de dez cordas. Em 2018 estreou como escritor ao publicar Certa Feita… Causos do Vale do Mucuri, que reúne histórias, costumes e lendas de sua região natal.

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1619 -Violeiro mineiro (dos mió), Wilson Dias lança Ser (tão) infinito em teatro de Beagá

 

#MPB #MúsicaCaipira #ViolaCaipira #ViolaBrasileira #ViolaInstrumental #BeloHorizonte #MinasGerais #Olhosdágua #CulturaPopular

A vida nos ensina que todo cantador é um músico, mas nem todo músico é um cantador.

O cantador vive atento aos movimentos da natureza, ao movimento das águas, dos animais e das plantas, observa atentamente os costumes, as pessoas e como caminha a sociedade em que vive. Ao presenciar o andar de tudo, se antecipa em cantá-los criando assim um registro perene que atravessa as gerações como uma marca na memória de seu povo. Todo cantador é um arauto das notícias, de lembranças e de memórias. Em seu novo álbum, poeticamente batizado de Ser (tão) Infinito, o mineiro Wilson Dias, natural de Olhos d’água (e que em seu ofício muitas vezes consegue o paradoxo de encher nossos olhos d’água ao pontear tantas belezas e devoção, fazendo brotar um choro, arrepiado, de alegre identificação) lança sua música ao espaço na certeza de que ela soará sempre e, ao soar, dará sentido e renovará as esperanças de quem a escutar.

O disco será lançado nesta quinta-feira, 6 de abril, a partir das 20 horas, com um concerto no Teatro Raul Belém Machado. Wilson Dias estará acompanhado por Edson Fernando (percussão), Luadson Constâncio (piano), Pedro Gomes (baixo) e Wallace Gomes (violão). Ser (t)ão Infinito possui 13 faixas, das quais 7 autorais, 3 em parceria com o poeta João Evangelista (Cantiga de tecer a vida, Berimbau saudade e Chuva forte), 1 com a cantora e compositora Déa Trancoso (Olho d’água), e mais 1 com cada um dos seguintes violeiros e conterrâneos: Rodrigo Delage (Canoa velha) e Bilora (História de menino). Não bastasse este time abençoado, ainda há em Ser (t)ão Infinito as participações especiais dos filhos Pedro Henrique e da caçula Ana Tereza, da cantora Leopoldina e de Delage [não conto para ninguém: mas nos bastidores estará, ainda, a produtora cultural Nilce Gomes, esposa do violeiro, que faz o incansável corre para a promoção da carreira dele e dos herdeiros que já estão na estrada, à frente da Picuá Produções!).

Wilson Dias apresenta neste álbum sua música vestida com arranjos primorosos confeccionados, em grande parte, por seus outros dois filhos músicos, Wallace Gomes e Pedro Gomes. A verdade da vida de um cantador também se manifesta quando seus passos musicais imprimem sons no caminhar de seus filhos. Seu caminho como compositor não se resume à sintaxe de sua viola, cria além do que seu espaço oferece, vê adiante. Em gêneros e estilos diversos, Wilson Dias cria com os pés fincados no chão de tal maneira que algumas de suas músicas parecem brotar do povo, quais cantigas folclóricas.

Buscando dentro de si o que repara no mundo, Wilson Dias canta: quero ler o ser(tão) de dentro pra fora/quero ler o ser(tão) passado e agora/quero ler o ser(tão) a fauna e a flora/quero ler o ser(tão) na palma da mão…E é assim que a sua música traz a verdade de sua existência, Wilson Dias segue qual água de riacho sem nunca parar, sempre acolhendo em si outras águas para assim preservar a sua própria, conforme bem anotou sobre ele outro robusto pilar dos alicerces da viola caipira brasileira de todos os tempos, o compositor e pesquisador (igualmente mineiro, terra onde a água pelo jeito é mais fecunda) Ivan Vilela, amigo fraterno ao qual peço humildemente desculpas por me atrever a inserir entre as palavras do seu texto de apresentação sobre Dias algumas observações para que eu confesse, em primeira pessoa, meu encantamento por Wilson desde a noite que eu o conheci, em agosto de 2013, na unidade Consolação do Sesc paulistano.

O Projeto para Ser(t)ão Infinito é realizado a partir do Edital Descentra 2022 – Fundo Municipal de Cultura Projeto: 1001/2022.

O Teatro Raul Belém Machado fica na rua Rua Leonil Prata, s/nº, – bairro Alípio de Melo, em Belo Hozironte (MG). O concerto começará às 20 horas do dia 6 de abril, com ingressos gratuito que deverá ser retirado pelo link: https://bileto.sympla.com.br/event/81243.

A Picuá Produções Artísticas Limitada- EPP está estabelecida com o telefone (31) 98515-7122 à rua Pelicano Frade, 58/102 – Bairro Santa Amélia, Belo Horizonte.

Leiam mais a respeito de Wilson Dias ou conteúdos a ele relacionados aqui no Barulho d’água Música ao visitar o link https://barulhodeagua.com/tag/wilson-dias/

Leia também a entrevista que Wilson Dias concedeu em 17 de novembro de 2021 à Revista Ritmo Melodia, do jornalista Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em https://ritmomelodia.mus.br/entrevistas/wilson-dias/

SANTA AJUDA! Ajude o Barulho d’agua Música a se manter ativo: colabore, a partir de R$ 20, com nossa campanha pela Catarse em busca de assinantes! Ou envie um PIX de acordo com suas possibilidades!

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1618 – Ivan Vilela (MG) grava álbum com Pablo Castaño e vai à Espanha para série de concertos com o renomado saxofonista galego

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Violeiro é um dos mais renomados músicos do cenário nacional, aplaudido na Europa e em MAT[R]IZ, seu vigésimo disco, que, ao lado do novo parceiro de gravações, brinda o público com o toque pessoal da dupla à world music, mesclando suas criações entre os contextos acadêmico e popular

O compositor mineiro de Itajubá, violeiro e pesquisador, Ivan Vilela, professor da Escola de Comunicação de Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP), protagonizará em maio, em Santiago de Compostela (Espanha), cinco espetáculos durante os quais apresentará o repertório do recém-lançado álbum MAT[R]IZ. O disco integralmente instrumental, por lá gravado em formato vinil, é uma parceria de Vilela com o saxofonista Pablo Castaño, nome de referência do novo jazz galego, e está disponível nas plataformas digitais. Um dos concertos transcorrerá a 6 de maio, no teatro principal da cidade, a partir das 20h30 do horário local. Neste inusitado encontro da viola caipira com o sax, a dupla brindará o público com seu toque pessoal e original à world music, naturalmente mesclando suas criações entre os contextos acadêmico e popular, a improvisação do jazz, o encanto dos ritmos da música brasileira e o lirismo enérgico da canção popular galega.

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1607- Makely Ka apresenta Triste Entrópico, álbum que encerra Trilogia dos Sertões, no Sesc Belenzinho*

#MPB #ValençadoPiauí #BeloHorizonte #Canudos #Piauí #MinasGerais #Bahia #ViolaCaipira #LiteraturaBrasileira #CulturaPopular 

*Com Carola Gonzales


“O poeta Makely Ka é apontado por especialistas e músicos como o letrista que melhor simboliza a nova geração de artistas mineiros”, Ailton Magioli Estado de Minas 

Além do discurso literário-musical espirituoso (e da militância político-musical), me vi transportado pelos violões (e viola caipira), pelas sonoridades mouras, africanas e nordestinas, por certas letras que cutucam um diálogo com os muitos Brasis que o Brazil com Z não conhece a uma das escolas mais vigorosas de música brasileira e mineira”, Pedro Alexandre Sanches


“Um disco gravado na estrada, uma obra de arte e sustentabilidade, conectada com uma aventura pela região do romance “Grande sertão: Veredas”, de Guimarães Rosa”, Tárik de Souza

Piauiense de Valença radicado em Belo Horizonte (MG), o cantor, instrumentista e compositor Makely Ka estará no palco da unidade Belenzinho do Sesc paulistano neste domingo, 26 de fevereiro, para comandar a partir das 18 horas o espetáculo Triste Entrópico, que reúne as canções do álbum homônimo em fase de lançamento e conclui o projeto Trilogia dos Sertões, com foco nas riquezas culturais do país. A tríade começou com Cavalo Motor e dialoga com Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa. Depois Makely gravou Rio Aberto, pela produtora e gravadora Kuarup, com referências aos afluentes do Rio São Francisco, ao Rio Doce e ao Vaza-Barris, em faixas instrumentais de viola caipira. Nesta viagem buscou trilhar em sentido inverso os passos de vaqueiros que desceram pelos Currais da Bahia e ocuparam o cerrado mineiro entre os séculos XVII e XVIII, percorrendo o mapa geográfico e literário do sertão das Alterosas, atravessando rios da região e seguindo o São Francisco até Canudos, já em solo baiano, retratado na obra Os Sertões, de Euclides da Cunha.

Makely Ka é considerado um músico orgânico, artista e produtor cultural que não se vale de aditivos químicos para conseguir agradar as mídias convencionais. No Belenzinho, cantará e tocará violões ao lado de Gustavo Souza (violão), Paulim Sartori (contrabaixo), Yuri Velasco (percussão), Maísa Moura e a cantora Ná Ozzetti, sua convidada especial. Ná cantará Onde a vista alcança, escrita em parceria com Makely para o álbum Meu Quintal. E brindará a plateia com as inéditas Quando ela não vem e Caliandra.

Em 24 de fevereiro Makely Ka disponibilizou nas plataformas digitais Vento Vivo, segunda canção lançada para pavimentar a chegada de Triste Entrópico. Inspirada em Vento bravo (Edu Lobo e Paulo César Pinheiro) e composta durante uma tempestade durante a fase mais aguda da pandemia de Covid-19, a faixa aborda o sopro, a respiração, o ar, as mitologias nas quais o vento é protagonista. Desde Ruah (sopro divino, em hebraico), passando pelos hálitos sagrados de Olorum da tradição Yorubá e do deus egípcio Amun, até as correntes que varrem  extensões, como o Minuano e o Mistral, a música, em 6/8,  celebra está força natural que está em todos os lugares, mas ninguém a vê.

O Sesc Belenzinho fica na rua Padre Adelino, 1000, no bairro paulistano Belenzinho, a 550 metros da estação Belém e a 1,4 quilômetro da Tatuapé, ambas da linha 3 Vermelha do Metrô. O ingresso custa entre R$12,00 (portadores de credencial plena) e R$40,00 (entrada inteira) ou R$20 (meia). Para mais informações há o telefone (11) 2076-9700 e o endereço virtual sescsp.org.br/Belenzinho

OBRA ECLÉTICA E PREMIADA

Valença do Piauí fica a 216 quilômetros de Teresina, a capital do Piauí, berço de Makely Ka, hoje um dos mais requisitados compositores e cujas obras pode ser ouvida nas vozes de Lô Borges, Samuel Rosa, Titane, Ná Ozzetti e José Miguel Wisnik, entre dezenas de outros intérpretes. Lançou o disco coletivo A Outra Cidade, em 2003, e Danaide, em 2006, com a cantora Maísa Moura. O primeiro trabalho solo veio em 2008, Autófago, considerado pela crítica um dos melhores discos de “roque brasileiro”. Em 2014 compôs, ao lado de Rafael Martini, a peça sinfônica em cinco movimentos Suíte Onírica, gravada com a Orquestra Sinfônica da Venezuela, o Coral do Teatro Teresa Carreño e sexteto sob regência do maestro português Osvaldo Ferreira. 

Segundo da Trilogia dos Sertões, Rio Aberto é um álbum de composições instrumentais para viola caipira. Ouça as faixas visitando o link do programa Revoredo, da Rádio USP FM de São Paulo e de Ribeirão Preto, apresentado em 15/12/22 pelo maestro José Gustavo Julião de Camargo. O link é https://jornal.usp.br/podcast/revoredo-65-diversidade-da-viola-caipira-abrange-tradicoes-populares-e-novas-linguagens-sonoras/

Em 2015 lançou Cavalo Motor, resultado de uma longa viagem realizada pela região Noroeste de Minas Gerais, na divisa entre Bahia e Goiás, o primeiro da trilogia que prossegue com Rio Aberto e fecha, agora, com Triste EntrópicoCavalo Motor tem participação de Arto Lindsay, Susana Salles, Décio Ramos (grupo Uakti) e O Grivo, entre outros, e foi transformado também em DVD. O trabalho foi considerado um dos melhores lançamentos do ano e recebeu vários prêmios, entre eles o Grão da Música de melhor álbum de Música Brasileira. Em 2018, emplacou o prêmio Simparc de Artes Cênicas de melhor trilha sonora original para o espetáculo de dança Espelho da Luada Companha Mário Nascimento.

Letrista inspirado e versátil, Makely Ka acumula parcerias com diversos compositores em todo o país, com destaque para o álbum Dínamo, inteiramente composto com Lô Borges e lançado em 2020. Como intérprete de suas próprias canções destaca-se pela sua voz grave e rascante e pelo violão vigoroso tocado de forma muito peculiar. O humor, a ironia e o sarcasmo estão sempre presentes nas apresentações ao vivo, que podem ser em formato solo ou com banda. Já tocou em alguns dos principais palcos do Brasil e excursionou por Portugal, Espanha, Dinamarca, Lituânia, Turquia, Grécia e México.

Interlocutor da cena musical em Minas Gerais, Makely Ka organizou mostras e festivais, participou de curadorias, produziu discos de parceiros de estrada, dirigiu shows, criou trilhas para cinema, dança e teatro, realizou documentários, compôs textos para peças sinfônicas e camerísticas, participou de conselhos estaduais e federais de cultura, fundou cooperativas e fóruns de música e escreveu diversos textos sobre política cultural, música, literatura e cinema que foram publicados em jornais, revistas e portais. Também publicou três livros de poemas e atuou como editor de revistas de poesia. Prepara o lançamento do livro Música Orgânica e está compondo a trilha sonora do balé Rios Voadores, da coreógrafa Rosa Antuña.

Saiba mais sobre Makely Ka aqui no Barulho d’água Música ao visitar o linque https://barulhodeagua.com/tag/makely-ka/

Leia entrevista que Makely Ka concedeu ao jornalista Antonio Carlos da Fonseca Barbosa, da Revista Ritmo Melodia, em 14 de janeiro de 2019:

http://ritmomelodia.mus.br/entrevistas/makely-ka/

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1604 – Ao completar meio século, consagrado conto reportagem de João Antônio ganha disco de Thiago França (MG)

#MPB #Literatura #CulturaPopular #RevistaCruzeiro #Conto #Reportagem

Já há mais de dois meses partiu para um plano mais elevado o querido Rolando Boldrin, que se notabilizou como ator, cantor, compositor, escritor, contador de causos como convém aos melhores violeiros e que, pilotando o Sr. Brasil, programa que é inda é sucesso na TV Cultura, celebrizou mais do que uma frase, um compromisso: tirar o Brasil da gaveta. Boldrin sempre se esforçou para assim como Marcus Pereira e Dércio Marques colocar luz sobre trabalhos musicais de excelente qualidade e reveladores da nossa múltipla e diversificada cultura popular assinados pelo país adentro, mas jamais valorizados e, quando muito, pouco divulgados na mídia comercial.

Sim, é preciso que se guarde as devidas proporções. Mas influenciado pelo moço de São Joaquim da Barra, há oito anos este Barulho d’água Música também tenta dar sua contribuição à causa de abraçar e de abrir espaço à moçada que não tem vez com Faustão e quejandos, calderolas nas quais o Brasil Profundo e suas peculiaridades passam bem longe das pautas.

Neste trampo, garimpar é a regra! Fuçar, escavar, sair a campo, encontrar o que estaria perdido por aí, baixar, correr atrás do disco, de contatos e de entrevistas é lida quase que diária! Estaria porque, felizmente, alguns outros doidos doídos como nós aqui no Solar do Barulho também levantaram esta bandeira e, cada um ao seu modo, geralmente heroico e nada recompensador em se falando de “cascalho”, também produzem blogues e portais de combate, teimosia e resistência, os quais possibilitam acesso a material farto, incluindo raridades já fora de qualquer catálogo, tanto de gravadoras ainda na ativa, quanto de ilustres desconhecidas e independentes. Aqui batemos cartão, por exemplo, entre outros, no Em Canto Sagrado da Terra e no Terra Brasilis (que deram um tempo nas atualizações e espero que voltem logo!), no Música do Nordeste, no Quadrada dos Canturis, no Música Eleva a Alma, no Forró em Vinil, no Embrulhador, na Revista Ritmo Melodia, no Ser tão Paulistano e, mais recentemente, no Cenaindie este de pirar o cabeção, pois oferece um catálogo de endoidecer e que, automaticamente, vicia o “seu vizinho” na tecla de daunloude, liberando álbuns dos mais bem produzidos projetos de gêneros diversos, geralmente, lançados fora das casinhas do caolho mainstream.

O Cenaindie (cenaindie – Download de Música Independente – Baixar MP3 do Brasil e do Mundo) arrebenta com qualquer rótulo, é para quem curte mergulhar em águas nas quais a criatividade, o talento e a independência são regras básicas a serem seguidas para a qualidade musical desde a capa dos projetos. Traz maravilhas de vários cantos do país que vão do metal e do rock alternativo, progressivo e psicodélico (de hoje e de ontem) ao folk e ao hardcore, passando, generosa e copiosamente, pela música eletrônica, indie, instrumental, lo-fi, pop, samba, MPB e ritmos como rap, reggae e jazz brazuca. Já passam de cinquenta os álbuns que baixei de lá salvos em uma pasta especifica só para reunir os arquivos do Cenaindie, todos devidamente apresentados por brilhantes textos jornalísticos com informações completas sobre os autores extraídos de revistas, jornais, programas de rádio e de televisão, mídias virtuais e apoiados por vídeos, por exemplo.

Capa do disco dedicado à primeira obra de João Antonio

Um destes álbuns baixados é Malagueta, Perus e Bacanaço, de Thiago França, compositor que o Cenaindie apresenta como “uma das figuras mais ativas do independente nacional no momento”. O Cenaindie vai além e conta que França integra o grupo Metá Metá, tem vários projetos próprios (como o Sambanzo e o trio de improviso MarginalS). Inspirado em Malagueta, Perus e Bacanaço, do livro homônimo do escritor João Antônio, o disco nasceu em homenagem aos 50 anos do lançamento do famoso conto — um dos meus preferidos desde antes da faculdade de Jornalismo na PUC-SP e de foca dedicado e esforçado no combativo jornal Primeira Hora, em Osasco, Grande São Paulo. No livro, entre causos, códigos e personagens, João Antônio nos apresenta a três malandros que varam as noites paulistanas pelos salões de sinuca em busca de encaçapar, bolas e minas. É um relato tipicamente paulistano, cru, cinzento e pouco esperançoso, em que Sampa é pano de fundo e personagem da trama que envolve seus protagonistas.

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1551 -Zé Geraldo e Francis Rosa lançam O Poeta e o Violeiro, com a participação de Xangai*

#MPB #Violade10Cordas #ViolaBrasileira #ViolaCaipira #CulturaPopular

*Com Adriana Bueno

Single chega e clipe já estão em plataformas digitais e antecipam chegada do álbum homônimo, programada para o segundo semestre

As plataformas digitais já oferecem aos amantes de Zé Geraldo e de Francis Rosa a canção O Poeta e o Violeiro, canção que celebra um novo encontro entre os dois parceiros e dá nome ao álbum inédito que a dupla planeja lançar no segundo semestre. Um clipe da música também já está disponível na internet, com a participação especial do cantador Eugênio Avelino, o querido Xangai. É o bom baiano que faz a declamação para a entrada dos versos quase autobiográficos “Era uma vez um poeta nascido em solo mineiro/Caminhando pela vida, cruzou com um violeiro/Um completou o outro feito a casa e o terreiro/Plantando e colhendo amor/Saíram do interior pra correr o mundo inteiro”, na voz de ambos que, em 2016, gravaram seu primeiro trabalho juntos, no DVD ao vivo Canções e Versos, lançado pela gravadora Sol do Meio Dia, com distribuição pela Tratore.

Além de Zé Geraldo (voz), Francis Rosa (voz, viola caipira e baixo) e Xangai (declamação), O Poeta e o Violeiro tem os toques de Rafael Schimidt (violão de nylon), João Lima (percussão), Daniel Blando (sanfona), e os vocais de Bia Tucci, Helena Badari, Nô Stopa e Tata Fernandes. O álbum está sendo preparado e sairá nas versões bolachão de vinil (LP) e compacto a laser, além de tocar nas plataformas digitais, após o lançamento de outros dois singles promocionais inéditos.

O Poeta e o Violeiro, lançamento da Sol do Meio Dia, com distribuição da Ingrooves, pode ser pré-salvo em https://ingrv.es/o-poeta-e-o-violeiro-3eu-k; o clipe estreou em 24 de junho, no canal do YouTube de Zé Geraldo (https://youtu.be/xmgEIkvDRjc) ou no canal de Francis Rosa (https://youtu.be/9G9P260xR-w).

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1544 – Aldy Carvalho (PE) lança Tempo-menino, quinto álbum da carreira, e estreita os laços entre o erudito e o popular mais uma vez

#MPB #MúsicaNordestina #Literatura #LiteraturadeCordel #Cinema #CulturaPopular #Petrolina #Pernambuco

As canções do petrolinense que também é escritor, cordelista e violonista, têm raízes fincadas no Nordeste e são revestidas por linguagem musical não estereotipada, cujas letras apresentam um interessante diálogo entre as peculiaridades de Euclides da Cunha, de Guimarães Rosa e Ariano Suassuna e a universalidade de Manuel Bandeira.

Depois da trilogia composta pelos álbuns Alforje, Cantos d’Algibeira e SerTão andante, o petrolinense Aldy Carvalho lançou Tempo-menino, álbum já disponível nas plataformas digitais e em formato físico com um belo encarte e ficha técnica das músicas, arte de capa e contracapa assinada pelo artista plástico e músico Ivan Jubran. A faixa título, Tempo-menino, é composição do próprio compositor e cantor pernambucano em parceria com Rubenio Marcelo, poeta e compositor cearense radicado em Campo Grande (MS) O álbum traz ainda apresentação do ensaísta e educador Ely Veríssimo.  Continuar lendo

1536 – Rainer M.B (SP/PI) lança quinto álbum da série ÁSPERO, projeto de narrativas instrumentais de resgate da afinação realejo

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Neste trabalho totalmente analógico, o violeiro paulista radicado no semiárido do Piauí, pesquisador e professor da Universidade do Vale do São Francisco, volta a recorrer à fita cassete para oferecer nova jornada instrumental de música modal e microtonal que dialoga com bois, toadas e a arte persa indiana

“Tons de azul-turquesa, preto e cinza e a (…) chegada de chuvas fora de época na caatinga trazendo enormes criaturas nos céus de um povoado.

É com esta atmosfera que o ÁSPERO, projeto de narrativas instrumentais radicado no semiárido piauiense de autoria de Rainer Miranda Brito (Rainer M.B.), traz seu quinto álbum, o segundo em forma de fita, Rumores na terra sobre as feras da chuva. Diferentemente do álbum/fita anterior, A comitiva de notícias e outras estórias (2021), no qual a fita cassete esteve presente especialmente no processo de finalização do álbum, Rumores na terra (…) foi planejado e executado integralmente em fita cassete. Trata-se de um álbum profundamente analógico, feito à mão – desenhado, escrito, tocado, narrado.

O álbum, pensado como uma narrativa completa, é uma jornada instrumental de música modal e microtonal – usando intervalos de microtons – com a viola de dez cordas. As melodias que povoam a narrativa do álbum oscilam entre inspirações pela música de arte persa iraniana (Dastgah, Tasnifs), bois e toadas nordestinas brasileiras. Os desenhos que retratam a narrativa se misturam às escrituras das paisagens e pensamentos de personagens; tudo isso rabiscado em uma brochura (livreto) que acompanha a jornada musical.

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1521 – Colabore com a campanha para gravação de Alpendre, sexto álbum de Cláudio Lacerda (SP)

#MPB #MúsicaCaipira #ModaDeViola #Botucatu #ArtesGráficas

Disco terá 10 faixas que celebram parcerias do cantor e compositor e poderá ser ouvido no aconchego da própria casa ou empresa dos colaboradores a partir de setembro

Amigo e seguidor, vai ouvindo…

A campanha do cantautor de Botucatu (SP) Cláudio Lacerda, disparada na plataforma Catarse para gravar o Alpendre, seu 6º álbum de estúdio, está fluindo até que bem: já tinha alcançado 52% do objetivo quando começamos a escrever esta atualização, em 14 de abril. Mas vamos combinar? Dá para melhorar e muito este trem, gente! Com 25 dias ainda restando para novas colaborações, vamos fazer como as 99 pessoas que já tinham levado a mão ao bolso e apoiado este projeto lindo, cuja primeira etapa é esta, captar recursos por meio de depósitos de amigos e fãs até às 23h59m59s de 09 de maio. Sim, tem a tal da crise econômica, da inflação que faz o caraminguá evaporar, mas se você for ver, os recursos, cujo total está lá na página aberta para o financiamento (https://local.catarse.me/cd_alpendre_4d86?ref=ctrse_explore_featured), conforme o Cláudio explica direitinho, é para pagar de maneira bem apertada arranjadores e músicos, assessoria de imprensa, a arte gráfica do álbum, a prensagem (de apenas 500 unidades!), confecção e postagem das recompensas, sobre as quais informaremos mais abaixo.

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