1587 – Zé Geraldo e Francis Rosa encabeçam timaço de músicos do meio caipira e lançam álbum com direito a versão em vinil

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O Poeta e o Violeiro, disco que reúne 11 faixas, conta entre outras com as participações especiais de Xangai, Ricardo Vignini, Guito e Nô Stopa, composições da dupla e de parceiros como os pantaneiros de raiz Guilherme Sater, João Ormond e Paulo Simões.

*Matéria escrita com informações fornecidas pela assessora de imprensa e jornalista Adriana Bueno

Já está disponível nas plataformas digitais O Poeta e o Violeiro, álbum que celebra mais um encontro entre os cantores e compositores Zé Geraldo e Francis Rosa e que pode ser encontrado, ainda, em primorosas edições em vinil e a laser, com participações especiais de Xangai, Ricardo Vignini e Guito, o ator que fez sucesso como Tibério na recente releitura da telenovela Pantanal, da Rede Globo. O novo disco da dupla que já brindara fãs e público em projetos anteriores bem sucedidos é aberto com declamação do baiano Xangai (Eugênio Avelino) e segue com os autores cantando versos com perfil autobiográfico: “Era uma vez um poeta nascido em solo mineiro/Caminhando pela vida, cruzou com um violeiro/Um completou o outro feito a casa e o terreiro/Plantando e colhendo amor/Saíram do interior pra correr o mundo inteiro”, cantam. Poeta e violeiro vêm trilhando a mesma estrada desde 2016, ano no qual gravaram o trabalho pioneiro a quatro mãos, Cantos e Versos (Sol do Meio Dia/ Tratore), ao vivo, em DVD.

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1551 -Zé Geraldo e Francis Rosa lançam O Poeta e o Violeiro, com a participação de Xangai*

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*Com Adriana Bueno

Single chega e clipe já estão em plataformas digitais e antecipam chegada do álbum homônimo, programada para o segundo semestre

As plataformas digitais já oferecem aos amantes de Zé Geraldo e de Francis Rosa a canção O Poeta e o Violeiro, canção que celebra um novo encontro entre os dois parceiros e dá nome ao álbum inédito que a dupla planeja lançar no segundo semestre. Um clipe da música também já está disponível na internet, com a participação especial do cantador Eugênio Avelino, o querido Xangai. É o bom baiano que faz a declamação para a entrada dos versos quase autobiográficos “Era uma vez um poeta nascido em solo mineiro/Caminhando pela vida, cruzou com um violeiro/Um completou o outro feito a casa e o terreiro/Plantando e colhendo amor/Saíram do interior pra correr o mundo inteiro”, na voz de ambos que, em 2016, gravaram seu primeiro trabalho juntos, no DVD ao vivo Canções e Versos, lançado pela gravadora Sol do Meio Dia, com distribuição pela Tratore.

Além de Zé Geraldo (voz), Francis Rosa (voz, viola caipira e baixo) e Xangai (declamação), O Poeta e o Violeiro tem os toques de Rafael Schimidt (violão de nylon), João Lima (percussão), Daniel Blando (sanfona), e os vocais de Bia Tucci, Helena Badari, Nô Stopa e Tata Fernandes. O álbum está sendo preparado e sairá nas versões bolachão de vinil (LP) e compacto a laser, além de tocar nas plataformas digitais, após o lançamento de outros dois singles promocionais inéditos.

O Poeta e o Violeiro, lançamento da Sol do Meio Dia, com distribuição da Ingrooves, pode ser pré-salvo em https://ingrv.es/o-poeta-e-o-violeiro-3eu-k; o clipe estreou em 24 de junho, no canal do YouTube de Zé Geraldo (https://youtu.be/xmgEIkvDRjc) ou no canal de Francis Rosa (https://youtu.be/9G9P260xR-w).

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1435 – Só o antidepressivo não está ajudando, mano(a)? Aí: ouça Kleber Albuquerque. E sem moderações: não há contraindicações!

#MPB #MúsicaPsicoativaBrasileira #WesternSpaghetti #BangBangÀItaliana #CulturaPopular

O Barulho d’água Música recebeu da Sete Sóis Produções Artísticas, estabelecida em Atibaia (SP), os álbuns Os Antidepressivos Vão Parar De Funcionar e CONTRAVENENO, os dois mais recentes do cantor, compositor, e artista gráfico Kleber Albuquerque, o segundo gravado em parceria com Rubi. Kleber Albuquerque, que também escreve composições para o teatro, é paulista de Santo André indicado, em 2018, para o 29º. Prêmio da Música Brasileira e vencedor dos prêmios da Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA) e Coca-Cola Femsa, Suas canções já foram gravadas por artistas como Fábio Jr., Zeca BaleiroCeumarVanuza, Eliana Printes e Márcia Castro, entre muitos outros.

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1118 – Leia entrevista com Ceumar (MG), a primeira do Clube Cantautores, organizador do festival Mostra Cantautores

 
Amigos e seguidores:
Esta atualização do Barulho d’água Música traz uma entrevista com a cantora e compositora mineira Ceumar produzida e editada por Eduardo Lemos, da Navegar Comunicação, empresa que atua na organização e  na divulgação do festival Mostra Cantautores,  e que inaugura a série Conversas com cantautores, com artistas que já se apresentaram na Mostra Cantautores, acerca dos mistérios e belezas que cercam a produção daquele que compõe, toca e canta. Ceumar foi uma das atrações da quinta edição, em 2016.

 

Para saber mais sobre a Mostra Cantautores, fica a dica: faça uma assinatura, gratuita  Clube Cantautores e tenha acesso às entrevistas com compositores, promoção de ingressos para o festival, dicas de discos, playlists criadas pelos próprios artistas e muito mais. Para assinar com o seu e-mail basta visitar bit.ly/clubecantautores

 

Mostra Cantautores: Cantar, tocar um instrumento e compor: o cantautor é essa figura que reúne em si os três elementos essenciais da música popular. Me parece uma condição de grande liberdade: ser capaz de, em algum momento, depender apenas de si para fazer a música estar no mundo. Como é pra você essa condição de cantautor?

CeumarAcho que você falou uma palavra fundamental: liberdade. No meu caso, tem a ver com liberdade, amadurecimento e encontro comigo mesma. Eu demorei um pouco para me descobrir como compositora. Havia uma insegurança de me expor na canção. “Como eu posso funcionar como autora das minhas canções? Como isso vai refletir nas pessoas? Será que elas vão gostar?” Foi no meu segundo disco, Sempre Viva [2003], que eu gravei músicas minhas pela primeira vez [Avesso, parceria com Alice Ruiz, e  Boca da Noite, parceria com Chico César e Tata Fernandes]. Ali eu comecei a perceber que eu tinha também esse caminho de expressão.

Ceumar, entre Lui Coimbra (esq.) e Paulo Freire, com os quais gravou Viola Perfumosa, um tributo a Inezita Barroso (Foto: Leo Aversa)

Hoje em dia, faço letras com muito mais liberdade. É bem comum sentar para compor. Mas foi um processo. Eu não comecei compondo, eu não comecei cantautora. Eu comecei intérprete, e só depois de um tempo — de um amadurecimento, talvez — eu tenha encontrado esse viés de liberdade total, que é onde eu estou mais inteira na minha música. Quando a gente toca as canções próprias, eu sinto que as pessoas se entregam e vem mais com a gente. Elas compactuam de outra maneira. E tudo reverbera de uma forma maior.

Você tem se apresentado em diferentes formatos, e um deles é este em que fica sozinha no palco. De que maneira essa experiência de se apresentar solitariamente te afeta como artista? Há coisas que só se vê quando sozinho?

Desde que eu descobri a potência de estar só com o meu violão e as minhas canções, eu descobri um lugar onde eu sou mais humana. Porque ali eu tô inteira e não posso me esconder. Quando eu descobri esse sabor, isso me pegou muito. Eu nunca entendi a música e a expressão artística como algo acabado, finalizado, perfeito — embora eu admire e aprenda muito com os artistas virtuoses, que tem essa busca pela perfeição. No meu caso, é muito mais revelar as imperfeições humanas e aceitar os erros. Eles acontecem, né? Você está sozinha e pode errar um acorde ou uma letra. E isso fica muito transparente. Aí, eu descobri nisso um prazer e uma delícia tão grandes em poder revelar — para além da música e da perfeição artística — que está ali um ser humano totalmente entregue para aquela situação e para aquele momento. As músicas que eu componho são simples. Eu tenho esse desejo de encontrar formas simples, para que elas cheguem fácil nas pessoas comuns, que não estudam ou vivem a música. 

Acho, portanto, que o cantautor humaniza o espetáculo. Porque cada show é um. Cada momento é único. É diferente do show que se ensaia com a banda, que tem um roteiro programado. Quando estou sozinha, eu faço shows sem roteiro! Imagina? Há uns anos atrás eu tinha essa insegurança… hoje em dia, não! Eu começo meu show e vou. Fluindo e vendo o fluxo do momento. Tem horas que me vêm canções que eu me pergunto: “nossa, porque eu estou cantando isso?” Mas eu canto. Se ela chegou ali, é porque está me pedindo para ser expressada.

Em 2017, você se apresentou na Mostra Cantautores. Há alguma memória especial daquele show e de sua passagem por Belo Horizonte? É importante que exista um festival dedicado à figura do cantautor?

Puxa, para mim, especialmente naquele momento, foi muito importante. Eu estava voltando para o Brasil depois de cinco anos morando na Holanda. E justamente a minha grande inquietação ao morar fora foi a questão da palavra, da língua. Então, teve uma dimensão muito grande, primeiro, ter sido convidada como cantautora, porque a minha obra de compositora é pequena. Não faço música aos quatro ventos. Eu demoro, tenho um ritmo muito próprio. Então, ter sido convidada já foi incrível. E poder cantar na minha língua e contar aquelas histórias — em letras minhas ou de parceiros -, para um público super aberto, curioso e envolvido, foi demais, foi lindo, foi muito especial. E, estando em Belo Horizonte, eu conheci uma cena incrível de músicos mineiros, vi shows maravilhosos.

Lembro da minha surpresa quando assisti ao espetáculo do Juan Quintero. Nós tocamos na mesma noite. Eu não o conhecia e fiquei em êxtase com a potência dele. E ele é argentino, está tão próximo de nós… Por isso eu acho fundamental que existam esses espaços e esses encontros. É tão importante que haja troca! É tão importante que a gente veja os outros e se veja também no contexto de autores e de canções. Por mim, eu estaria na mostra todo ano! (risos). Desejo vida longa!

Foto: Pablo Bernardo

De todos os cantautores que possam ter influenciado sua trajetória, qual te causou efeito mais fulminante com seu modo de cantar, tocar e compor?

Eu me lembro do impacto de quando eu vi o Itamar Assumpção pela primeira vez. Eu estava chegando em São Paulo, vinda de Minas, meio tímida, e fui ver um show dele sozinho em voz e violão. E ali virou uma chave pra mim. Eu vi um homem completamente livre na sua loucura — a loucura mais sã que eu pude ver ao vivo. E o violão dele me soou muito simples, com umas levadas de baixo. Eu me reconheci naquilo. Pensei: “eu não preciso fazer acordes mirabolantes. Eu posso simplificar meu jeito de tocar para que a palavra seja a mais crua possível”. Ele se tornou uma grande escola, e é até hoje. Quando eu preciso beber na fonte da canção pura, escuto Itamar Assumpção.

E, da música contemporânea, há quem chame sua atenção nesses quesitos?

Eu poderia citar vários nomes. O Luiz Gabriel Lopes, que tem toda aquela beleza mineira misturada com o mundo inteiro. Ou o Flávio Tris, que se tornou meu amigo e parceiro, e que foi um grande encontro que eu tive em São Paulo. Mas eu queria também lembrar de alguns nomes que talvez não sejam tão conhecidos no Sudeste, como o de um menino que conheci em Recife, num sarau, que se chama PC Silva. Ele é de Serra Talhada, interior de Pernambuco. Fiquei impressionada com a dinâmica de violão e com as letras dele. E, puxando a sardinha pro meu lado, eu acabei de fazer a direção artística do disco da Manu Saggioro, uma cantautora incrível de Bauru. E também tem a Camila Costa, carioca, que conheci quando morava na Europa — eu em Amsterdã, ela em Paris. Ela tem músicas incríveis. Eu teria muita gente pra citar aqui, mas acredito que esses três nomes precisam ser mais escutados.

Casa musical

Ceumar é natural de Itanhandu, localidade encravada exatamente no Sul mineiro, viveu em São Paulo por 14 anos em Amsterdã, capital da Holanda, onde conviveu com “gente de todo lugar”, pode “ouvir as mais diversas línguas e dialetos na rua, andar de bicicleta, aprender com uma nova cultura”. Em sua biografia ela conta que cresceu cercada por música, hábito da casa onde viveu e observa que os pais ainda cantam e as irmãs tocam. Assim, nas festas de família, sempre havia cantorias. Já no colégio, um violão fazia companhia para ela animar encontros na praça e durante as madrugadas. “Aos pés da Serra da Mantiqueira experimentei os sabores da vida interiorana e simples”, comentou.

A chegada a Sampa ocorreu em 1995, antes do embarque para a Holanda. Na mais agitada e maior cidade do Brasil, cinco anos depois, Ceumar gravou o primeiro álbum da discografia, Dindinha, aproveitando os versos Dindinha divinha o quê primeiro vem amor ou vem din-din, dindinha dê dinheiro, carinho e calor pra mim, que o amigo e produtor Zeca Baleiro dedicou a ela. Baleiro participou dos trabalhos do disco, “parceria muito especial”, de acordo com a cantora, lembrando que Tata Fernandes também fez parte da obra. 

Já em 2.000 começaram as viagens, Brasil afora e pelo exterior. Ceumar passou por capitais como São Luís (MA), Salvador (BA), Curitiba (PR), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG) e países da Europa e da Ásia. Ao levar as cores brasileiras em sua música mesclada por ritmos como coco, marchinha, samba de roda, recordou: tive muitas alegrias ao encontrar gente de ouvidos abertos, ávida pelo frescor da novidade e do que não está, digamos assim, aparecendo nas telas da TV no domingo”.

Com a carreira afirmando-se a cada ano, Ceumar, desde então, já nos legou seis magníficos álbuns autorais. O mais recente saiu em 2014, Silencia. Entre este e Dindinha, os fãs ganharam, Sempre-viva (Ceumar assina a produção musical e arranjos, e marca sua estreia como compositora, com músicas deKleber Albuquerque, Zeca Baleiro e em parceria com Chico César);Achou!(produzido em parceria com Dante Ozzetti), e Meu Nome (quarto disco da cantora, por meio do qual apresenta ao público seu lado menos conhecido: o de compositora; produzido pelo músico e produtor holandês Ben Mendes, é o registro ao vivo dos shows realizados no Teatro Fecap, entre maio e junho de 2008, em que Ceumar apresentou 20 canções, todas de sua autoria, acompanhada quase que unicamente de seus violões). Já na Holanda, gravou com um trio local Live in Amsterdam, ao vivo, em 2010. Os holandeses são Mike del Ferro(piano), Olaf Keus (bateria) e Frans van der Hoeven (baixo acústico) e o disco traz releituras de canções da carreira e uma inédita de Zeca Baleiro: Iá Iá.

Foto: Bem Mendes

Silencia revela momentos de reflexão e descobertas pessoais e espirituais e também é gravado “ao vivo”, em estúdio, produzido pelo cellista francês Vincent Ségal. Registrado ao vivo em estúdio, o trabalho resulta em um som dinâmico, cheio de silêncios e momentos sutis. Acompanhada por Adriana Holtz (violoncelo), Daniel Coelho (baixo acústico) Webster Santos (bandolim, cavaquinho, violão de aço e viola caipira) e Ari Colares (percussão), Ceumar mostra um repertório composto de músicas próprias, além de composições de artistas como Vitor Ramil, Kiko Dinucci, Miltinho Edilberto, Kléber Albuquerque, Sérgio Pererê e Déa Trancoso, entre outros.

Em junho, com Lui Coimbra (RJ) e Paulo Freire (SP), Ceumar lançou Viola Perfumosaem um concorrido show no auditório Oscar Niemeyer do Ibirapuera, em São Paulo. O disco é um tributo à rainha da música caipira, Inezita Barroso, e resgata sucessos como Luar do Sertão; Tamba-TajáÍndiae Marvada Pinga, eternizados por Inezita que ganharam releitura camerística unindo viola caipira e violoncelo, rabeca e alfaias e se mesclam a composições de Villa-Lobos e a canções do repertório autoral do trio.

O trabalho doViola Perfumosa procura resgatar e reciclar a genialidade e a sofisticação das melodias e da poesia da música que se convencionou chamar “caipira”, compondo um mosaico comovente e alegre do Brasil “de dentro”, “dos interiores”, ressaltando a singularidade desta obra poético-musical que é um retrato fiel deste país profundo.

Para ficar ligado!

A 7ª Mostra Cantautores será promovida entre os 3 e 10 de novembro no Cine Theatro Brasil Vallourec, em Belo Horizonte, Minas Gerais, e entre outras atrações terá apresentações com Affonsinho, Cátia de França, João Bosco, Angela Ro Ro, Jards Macalé e Chico Saraiva, entre outros nomes de vários estados do país. A Mostra Cantautores é um encontro de criadores da canção contemporânea com apresentações solo de cantores e compositores acompanhados apenas por seu instrumento. Além de apresentar 16 artistas em suas múltiplas expressões, o evento deste ano também conta com uma programação de debates e atividades diurnas.

Leia também no Barulho d’água Música:

Ceumar canta acompanhada por Daniel Coelho na abertura do Composição Ferroviária, em Poços de Caldas (MG)

713 – Nô Stopa (SP) recebe Zé Geraldo e amigos para lançar “Manifesto Poesia” em teatro da Moóca (SP)

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A paulistana Nô Stopa está com disco novo na praça, Manifesto Poesia, o terceiro da carreira que já contava com Camomila e Distorção e Novo Prático Coração, este com composições dela e de parceiros como Fernando Anitelli, Roberta Campos,Tata Fernandes, Alexandre Lima e Kleber Albuquerque; Fernando Anitelli também é o produtor do álbum cheirando a tinta. A festa de estreia que Nô Stopa protagonizou no sábado, 31 de outubro, com lotação máxima das poltronas do Teatro Arthur de Azevedo (situado na Moóca, em São Paulo) teve encerramento de gala: amigos e fãs que estavam na plateia formaram um cordão que desceu do palco puxado por ela ao som de Canto do Povo do Mar de Minas, de Kleber Albuquerque, e arrebanhou pelo caminho mais vozes, em coro, rumo ao saguão da casa. Ali, Nô Stopa recebeu abraços, os devidos cumprimentos e autografou exemplares.

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Zé Geraldo recitou o poema Obra e cantou Voar, Voar durante o show de Nô Stopa (Foto: Daniel Kersys). A foto de Nô Stopa sorrindo, no destaque, é de Rita Araújo

Mais do que um número de música, o show conferido pelo Barulho d’água Música produzido pela própria Nô Stopa e pela produtora e cenógrafa Sandra Miyaza para a noite de lançamento de Manifesto Poesia teve momentos circenses. Antes de Nô Stopa entrar em cena tocando caxixi em Do que é feito o poema, a banda tomou lugar e surgiu no palco ainda em silêncio, pedalando uma pequena bicicleta, o garoto Gael, para ler “Manifesto é um grupo de muitas pessoas falando a mesma coisa”. Ainda durante a execução desta faixa, ao fundo surgiu Zé Geraldo e recitou o poema incidental Obra, de Marco Aurélio Cremasco. Além do consagrado pai — que regressou para cantar em duo com ela Voar, Voar –, Nô Stopa recebeu os convidados Chico Teixeira, Roberta Campos e os integrantes do Folk na Kombi Bezão e Felipe Câmara, além dos atores Ricardo e Sandra Miyazawa. Os músicos Zeca Loureiro (guitarra), Henrique Alves, Rogério Rochlitz e Gustavo Souza acompanharam a estrela da noite.

O poema não é feito de argamassa aço cimento
O poema é feito de vórtice caos tormento
O poema é feito
De firula dança pouco de vento
O poema não é… Caso desfeito
Brotam carne osso sentimento

Obra, poema de Marco Aurélio Cremasco

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708 – Banda Estralo (SP) lança disco para público infantil com versões de clássicos como “Aquarela” e “País Tropical”

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Banda Estralo (Fotos Italo Cardoso)

Para comemorar seis anos de estrada, a Banda Estralo lançou no sábado, 31 o primeiro álbum desta trajetória, Estórias de Cantar, que também dá nome do show que apresentou no Teatro Anchieta do Sesc Consolação, em São Paulo, oferecendo o público um  caprichado repertório de música popular brasileira recheado de poesias, histórias e números teatrais. 

Estórias de Cantar reúne onze faixas com novos arranjos para canções clássicas como Ciranda da Bailarina (de Chico Buarque e Edu Lobo), Aquarela (Vinícius de Moraes e Toquinho) País Tropical  (Jorge Ben Jor) Bola de Meia, Bola de Gude (Milton Nascimento e Fernando Brant) e Negro Gato (Getúlio Cortês), além de contemporâneas como Não é Proibido (Marisa Monte), O Silêncio (Arnaldo Antunes), Criança não Trabalha (Palavra Cantada) e a música preferida do público, Caprichos do Tatu, de Gustavo Kurlat. O  disco ainda conta com duas poesias que são interpretadas pelo grupo:  O Relógio (Vinícius de Moraes) e A Bailarina (Cecília Meireles).

Com formação erudita, o maestro e músico da Banda Estralo, Marcos Lucatelli, acredita que a música infantil brasileira vem avançando em som e  em qualidade. “É preciso buscar opções para agradar e educar os ouvidos das crianças”, observou. “Com bons arranjos, timbres e instrumentação, a música expande os horizontes sonoros dos pequenos ouvintes”.

Além de Marcos Lucatelli (voz e violão), a Banda Estralo reúne Mauricio Damasceno (percussão), Ricardo “Batata” (baixo) e as cantoras Luanda Eliza (voz e performance), Lilyan Teles (voz, performance e escaleta). O show de lançamento contou com convidados de referência na composição musical infantil como a cantora e compositora Tata Fernandes, parceira musical, entre outros, de Chico Cesar e Zeca Baleiro, mais o premiado músico e compositor Gustavo Kurlat, que dirigiu shows do Palavra Cantada. O projeto gráfico do disco e o encarte são da ilustradora Mônica Crema, que levou para o papel toda a delicadeza e a poesia presentes no repertório. À frente da produção do álbum e do show está a Laje Produtora.

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Repertório do disco Estórias de Cantar:      

Não é Proibido – Marisa Monte, Dadi e Seu Jorge
Caprichos do Tatu – Gustavo Kurlat
O Silêncio Carlinhos Brown e Arnaldo Antunes
Criança Não Trabalha – Paulo Tatit e Arnaldo Antunes
País Tropical Jorge Ben Jor
Negro Gato – Getúlio Cortez
Sou uma criança, não entendo nada –  Erasmo Carlos
Num Dia Arnaldo Antunes, Helder Gonçalves, Manuela Azevedo e Chico Salem 
Ciranda da Bailarina – Edu Lobo e Chico Buarque 
Aquarela – Toquinho, Vinicius de Moraes, M. Fabrizio e G. Morra
Bola de Meia, bola de Gude – Milton Nascimento e Fernando Brant   
O Relógio Vinicius de Moraes  
A Bailarina – Cecília Meireles

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Ceumar canta acompanhada por Daniel Coelho na abertura do Composição Ferroviária, em Poços de Caldas (MG)

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A família de Ceumar sempre foi ligada à música e ela, na adolescência, já animava festas com um violão; o primeiro de seis álbuns, Dindinha, saiu em 2.000 (Foto: Fernanda Serra Azul)

 

A cantora Ceumar será a atração da estreia da edição deste ano do projeto Composição Ferroviária, que os músicos Wolf Borges e Jucilene Buosi promoverão com shows gratuitos entre o final de março e 5 de julho, sempre a partir das 10 horas. O palco para as apresentações será montado no pátio da estação ferroviária de Poços de Caldas, acolhedor município do Sul de Minas Gerais.  Antes de cada rodada, haverá palestras e a participação de um convidado. Elder Costa abrirá o evento no dia reservado a Ceumar, 29 de março, quando ela cantará acompanhada por Daniel Coelho. A palestra está marcada para a véspera, a partir das 16 horas, no Conservatório da cidade. O tema será A Música do Sul de Minas.

Ceumar é natural de Itanhandu, localidade encravada exatamente no Sul mineiro, viveu em São Paulo por 14 anos e atualmente mora em Amsterdã, capital da Holanda, “onde posso ver gente de todo lugar, ouvir as mais diversas línguas e dialetos na rua, andar de bicicleta, aprender com uma nova cultura”. Em sua biografia ela conta que cresceu cercada por música, hábito da casa onde viveu e observa que os pais ainda cantam e as irmãs tocam. Assim, nas festas de família, sempre havia cantorias. Já no colégio, um violão fazia companhia para ela animar encontros na praça e durante as madrugadas.  “Aos pés da Serra da Mantiqueira experimentei os sabores da vida interiorana e simples”, comenta.

A chegada a Sampa ocorreu em 1995. Na mais agitada e maior cidade do país, cinco anos depois, Ceumar gravou o primeiro álbum da discografia, Dindinha, aproveitando os versos Dindinha divinha o quê primeiro vem amor ou vem din-din, dindinha dê dinheiro, carinho e calor pra mim, que o amigo e produtor Zeca Baleiro dedicou a ela. Baleiro participou dos trabalhos do disco, “parceria muito especial”, de acordo com a cantora, lembrando que Tata Fernandes também fez parte da obra. 

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Ceumar ao lado de Daniel Coelho, durante show em Boituva para apresentação do álbum Silencia, Interior de São Paulo (Foto: Daniel Kersys)

 

Já em 2000 começaram as viagens, Brasil afora e pelo exterior. Ceumar passou por capitais como São Luís (MA), Salvador (BA), Curitiba (PR), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG) e países da Europa e da Ásia. Ao levar as cores brasileiras em sua música mesclada por ritmos como o coco, a marchinha, o samba de roda, recorda, “tive muitas alegrias ao encontrar gente de ouvidos abertos, ávida pelo frescor da novidade e do que não está , digamos assim, aparecendo nas telas da TV no domingo”.

Com a carreira afirmando-se a cada ano, Ceumar, desde então, já nos legou seis magníficos  álbuns. O mais recente saiu em 2014, Silencia. Entre este e Dindinha, os fãs ganharam, Sempre-viva*(Ceumar assina a produção musical e arranjos, e marca sua estréia como compositora, com músicas de Kleber Albuquerque, Zeca Baleiro e em parceria com Chico César); Achou! (produzido em parceria com Dante Ozzetti), e  Meu Nome (quarto disco da cantora, por meio do qual apresenta ao público seu lado menos conhecido: o de compositora; produzido pelo músico e produtor holandês Ben Mendes, é o registro ao vivo dos shows realizados no Teatro Fecap, entre maio e junho de 2008, em que Ceumar apresentou 20 canções, todas de sua autoria, acompanhada quase que unicamente de seus violões). Já na Holanda, gravou com um trio local Live in Amsterdam, ao vivo, em 2010. Os holandeses são Mike del Ferro (piano), Olaf Keus (bateria) e Frans van der Hoeven (baixo acústico) e o disco traz releituras de canções da carreira e uma inédita de Zeca Baleiro: Iá Iá.

Silencia na Vila Mariana

Silencia revela momentos de reflexão e descobertas pessoais e espirituais e também é gravado “ao vivo”, em estúdio, produzido pelo cellista francês Vincent Ségal. Depois da passagem por Poços de Caldas, Ceumar voltara à São Paulo para apresentações no Sesc Vila Mariana, durante as quais trará ao público as músicas do álbum lançado no ano passado. Os shows estão marcados para os dias 4 e 5 de abril, em ambas as datas às 21 horas. Ceumar estará acompanhada mais uma vez do irmão, Daniel Coelho, de Webster Santos, de Ari Colares, e de Adriana Holtz. O Sesc Vila Mariana fica na rua Pelotas, 141, a 750 metros da estação Ana Rosa do Metrô Linha Azul. Para mais informações há o número de telefone (11) 5080-3000.

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*Significado das flores : sempre-viva = permanência

“A sempre-viva, como o nome já diz, é a mais desperta. Ou melhor, é uma flor com iluminação própria, apesar de sua aparência frágil, pétalas com consistência de asa de abelha. O cultivo é fácil: basta espalhar as sementes no solo certo, com uma leve aragem. Não são necessários adubação ou cuidados especiais durante a fase de crescimento. Os únicos riscos são a seca e, raramente, ataque de gafanhotos”. Inspirada nessa flor da região de Diamantina (MG), Ceumar produziu o álbum homônimo “acreditando na leveza,na liberdade, na música brasileira e na celebração da vida!”

Clique em http://quadradadoscanturis.blogspot.com.br/2014/07/ceumar-discografia.html#more e baixe a discografia de Ceumar.

Veja no cartaz do projeto Composição Ferroviária as datas e as demais atrações que o público de Poços de Caldas e cidades próximas poderá curtir!

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