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Shows, palestras, exposição audiovisual, espaço para crianças e cenografia especial integram dia de programação cultural gratuita para toda a família
Marcelino Lima, com assessoria de imprensa do Museu da Casa Brasileira
O Museu da Casa Brasileira(MCB)promoverá neste sábado, 7 de abril, em parceria com o Ministério da Cultura do Governo Federal e a Marolo Produções, com patrocínio da Comgás, o 1º Festival Comgás Transforma, que oferecerá entre 10 horas e 20 horas atividades que incluem feira de gastronomia, palestras, oficinas, apresentações musicais e documentários, todas com entrada gratuita para públicos diversos. As primeiras atrações serão voltadas às crianças, que poderão participar de oficinas infantis de escultura de balão, pintura artística facial e de desenho. A programação prosseguirá com feira de gastronomia, ao longo de todo o dia, coordenadas por chefes renomados. Os shows possibilitarão aos frequentadores e presentes ouvir a Pequena Orquestra Interativa, o Lov.Trio, o DJ Dre Guazzelli, o grupo Bixiga 70 e, cereja do bolo, Hermeto Pascoal.
O cantor e compositor Mauri de Noronha (Garanhuns/SP) vai participar neste sábado, 27, de mais uma edição do Sarau dos Conversadores, evento que desde junho de 2013 já ocorreu vinte vezes, sempre no último sábado de cada mês, marcado por apresentações curtas, pontuais e com um bate- papo na medida das boas conversas. Desta vez, vão abrir e fechar o Sarau Cacá Mendes e Edson Tobinaga, que convidarão para dar seu recado no auditório da Livraria da Vila da Alameda Lorena (SP), além de Mauri, o Grupo Cartola Branca e o Beco dos Escritores, com Adriana Calabró, Angela Senra, Danielle Cotrim, Lidia Izecson, Nina Maniçoba Ferraz, Patrícia Cardozo e Paula Marina. Ao final da primeira metade do sarau, o público será convidado a participar, ampliando o diálogo e compartilhando com os artistas talento e criatividade.
Mauri de Noronha canta com força e notável expressão poética, além de declamar, épicos e contundentes textos que retratam belezas do sertão, denunciam sem panfletarismo toda exploração e sofrimento dos povos do agreste. A poesia dele trata dos descaminhos e dos amores e mesmo quando canta ele está declamando; essa é sua essência (Foto: Marcelino Lima)
Em um ano de atividades completado hoje o Barulho d’água Música conheceu e esteve em contato com músicos, cantores e compositores de várias tendências, a maioria batalhando de maneira independente para conseguir gravar suas obras e por um palco onde possam tocar. São artistas que pelo talento, e também os compromissos que abraçam, já deveriam ter conquistado mais respeito e atenção, consequentemente o carinho e a admiração dos fãs — além de menor burocracia e muito mais boa vontade de quem dependem para alcançar aqueles propósitos, é claro.
Se todo artista tem de ir onde o povo está, ele precisa, também, indiscutivelmente, dos meios não apenas para chegar lá e honrar sua tarefa, mas também para dar o seu recado com o máximo de recursos e ferramentas, sem comprometer a qualidade de sua mensagem e trabalho, e gradativamente se firmar no cenário cultural em que estiver inserido.
Mauri de Noronha, cantor, compositor, poeta e exímio violonista é um exemplo entre tantos outros que estão na estrada — recorrendo a uma frase que todos entendem o que significa, buscam e já merecem seu lugar ao sol. Pernambucano de Garanhuns, há cinco anos residente em Aracaju (SE), Mauri de Noronha estará em São Paulo até outubro, estabelecido no bairro da Mooca, aguardando propostas para apresentações. Ele já viveu em Sampa (entre 1975 e 2010) e retornou agora para, entre outros objetivos, ser uma das atrações do 3º Festival de Arte Popular do Alto Tietê, atendendo ao convite do malungo e produtor cultural Déo Miranda (SE), que a exemplo do amigo também batalha para tirar do papel competentes projetos e para decolar a carreira de cantor e compositor que conduz na região de Mogi das Cruzes (SP).
Noronha esteve no Festival em 2 de maio, no teatro Contadores de Mentira, situado em Suzano (SP). A atração principal, na ocasião, era Fernando Guimarães (MG) — que ele, Noronha, descreveu como sendo uma “escola” — mas o pernambucano cantou, declamou e interpretou músicas e poesias autorais com tamanha emoção que alcançou não apenas a imediata empatia, mas a justa simpatia junto a todo o público, deixando a impressão de que brilha mais do que suficiente para também fulgurar em outros espaços, encantar outros auditórios onde quer permitam que ele vá e assim aumentar (ou começar a angariar) seu cordão de fãs.