1631 – Matheus Pezzotta disponibiliza faixas de Descendente, reverência à ancestralidade e à força das ma­trizes africanas da cultura familiar e de São Roque (SP)

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O cantor, compositor e multi-instrumentista disponibilizou para audição nas plataformas digitais o disco extendido (EP) Descendente, que traz quatro músicas do autor de São Roque, estância turística do Interior paulista a cerca de 60 quilômetros da Capital. Pezzotta propõe por meio do projeto um convite para os ouvintes reverenciarem a ancestralidade e a força das ma­trizes africanas presentes na cultura local. Em tom ritualístico, Descendente reverencia os ante­passados de Pezzotta, perso­nagens entrelaçados com a história e resistência e manifestações culturais das populações negras da região. O ponto de referência é o Quilombo do Carmo, comunidade tradicional de São Roque, instalada desde o início do século XVIII e ainda em luta pela titulação das terras e acesso as ser­viços públicos básicos.

O violão do autor conduz a narra­tiva e rege a escalada sonora em ciclos. Nesta toada, desperta tambo­res que rompem o tempo presente para pedir coro e, também, socorro. Pezzotta canta, evoca outras vozes e entoa letras marcadas por signos de luta, mas também de festa. A gravação contou com a participação do músico e pesquisador em Culturas Ne­gras, Salloma Salomao. As cantoras Marina Rosa e Sel­ma Fernands, junto aos vo­cais de Edson D’aisa (pai de Pezzotta) e João Bid, sustentam os coros. A percussão cabe a Manu Neto, Adriano Sambatti comanda o con­trabaixo, enquanto Alaécio Martins executa sons no trombone e ao clarinete e sax-tenor atua Paulo Man­tovani. Outro destaque é a participação especial do percussionista João Mário, que trouxe o bumbo tradi­cional Cangussú, da comu­nidade Cururuquara (bairro de Santana de Parnaíba, cidade histórica próxima a São Roque) em Terras Paulistas. O designer gráfico da capa é de autoria de Henrique Pi­colo. Descendente foi grava­do e finalizado no Estúdio JCP, do produtor musical Júlio Paz, residente em Sorocaba.

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1602 – Kuarup lança Sobre Pedras e Girassóis, terceiro álbum de Noel Andrade

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Violeiro de Patrocínio Paulista é autor também de Charrua e de Canoeiros, o  primeiro premiado e o segundo, em parceria com a banda carioca Blues Etílicos, em homenagem ao icônico Tião Carreiro 

O cantor e compositor Noel Andrade recentemente lançou Sobre Pedras e Girassóis, seu terceiro álbum, desta vez pela Kuarup, gravadora paulistana que possui um eclético e consagrado elenco da sica popular brasileira. Com mais de dez anos de estrada e influenciado por Almir Sater, Tião Carreiro, Elomar, Renato Teixeira e Saulo Laranjeira, Noel Andrade conhece bem a alma da viola caipira e do seu povo: já participou de importantes projetos ligados ao mundo da viola e marcou presença no Encontro de Cultura Tradicionais da Vila de São Jorge, da Chapada dos Veadeiros, em Goiás, pela primeira vez, em 2006. Em Sobre Pedras e Girassóis ele traz composições e parcerias inéditas, por exemplo, com o músico Flávio Murilo e o maestro Júlio Bellodi, compositor formado em regência pela Universidade do Estado de São Paulo (Unesp).

Ao fazer a escolha do repertório do álbum, Noel Andrade atendeu a um pedido da Kuarup, que sugerira ao violeiro regravar dois clássicos da música brasileira que fazem conexão com o seu repertório e estilo: Casa no Campo, de Tavito e Zé Rodrix, mas eternizada por Elis Regina, e Nuvem Passageira, de Hermes Aquino, tema da novela Casarão, que a Rede Globo levou ao ar em 1976.

O disco tem participações especiais do cantor e compositor Zeca Baleiro, dos grupos Mustache & Os Apaches e Folk na Kombi. Antes de ir para o estúdio, debruçara-se sobre o repertório que selecionou como produtor e compositor, orientando-se por meio da influência do rock rural e dos ritmos africanos que unem as Américas. O álbum, disponível nas plataformas digitais e em edição física pela Kuarup, navega por um cerio vasto e extremamente delicado que faz o roqueiro, o caipira e o blueseiro colocarem uma mochila nas costas e irem se encontrar com Johnny Cash para tocarem e cantarem seus amores, suas paixões, seus vivos e mortos

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1588 – Beba Trio (SP) mescla ritmos brasileiros e latinos com jazz e lança álbum após turnê pela Europa*

#MPB #Jazz #Chacarera #Ijexá #Choro #MúsicaInstrumental

Disco com oito faixas, todas instrumentais, foi gravado ao vivo após a banda ser contemplada com a Lei Aldir Blanc

*Com Beto Priviero e Moisés Santana, Tambores Comunicações Assessoria de Comunicação, São Paulo (SP)

A pandemia de Covid-19 fez artistas se adaptarem e procurarem outras formas de manifestação e de produção. O grupo paulista Beba Trio deu um exemplo neste sentido ao lançar o álbum Beba Trio & Convidados nas plataformas digitais, com distribuição pela Tratore, após projeto aprovado pela Lei Aldir Blanc (LAB). Formado por Beba Zanettini (piano, composições e arranjos), Victor Kutlak (contrabaixo) e Gudino Miranda (bateria), o beba Trio transformou o azedo limão dos tempos de isolamento social e fez uma doce limonada com a série de apresentações virtuais (lives) no estúdio paulista Arsis que possibilitou gravar seu primeiro disco.

As apresentações online transmitidas por rede social incluíram composições dos integrantes (tais como Vagalumeando e Chorando em 3, de Zanettini, e Sambareia, de Kutlak), além de uma versão para April Child, de Moacir Santos e Ney Lopes. Para gravar o álbum, reforçaram o time Edu Paes (guitarra), Paulo Oliveira (flauta e sax) e Gustavo Godoy (percussão), os “convidados”. A produção cultural coube à agência Belic Arte Cultura.

O Beba Trio surgiu em 2020, a partir de uma ideia de Beba Zanettini: misturar ritmos brasileiros, como samba e baião, a elementos da música latino-americana e caribenha, sem se esquecer do jazz e do pop. Beba Zanettini encontrou o baixista Victor e o baterista Gudino, seus ex- alunos no curso de Faculdade de Música, e descobriu o quanto todos tinham afinidade. A parceria deu tão certo que em 2021 o trio acabou contemplado pela LAB e pode pensar em, além de apresentar seis concertos virtuais, registrar o material para o disco inédito.

Em 2022, o Beba Trio visitou Portugal e Alemanha em sua primeira viagem internacional. Nestes países protagonizou o Festival Internacional de Teatro do Alentejo (FITA), em Beja, depois tocou no Salão Brazil, em Coimbra, ambas em Portugal; esteve, ainda, na Embaixada do Brasil (em Berlim); Festival Guten Morgen (Eberswalde); e Berlin Drum Days (Noisy Rooms), todos situados na terra onde nasceram os algozes do 7×1. 

O Beba Trio com os convidados que participam do álbum (Foto: Adri Belic)

Beba Zanettini comentou o trabalho do grupo ao citar as músicas registradas no disco: “Nós temos desde um choro em três tempos, que não é muito usual, como o Chorando em 3, até a Chacarera dos Esquecidos, que é uma chacarera, ritmo argentino com molho brazuca; passando por Balbúrdia, uma mistura contemporânea, que traz ‘improvisação livre’ e ijexá; Giro é uma balada jazzística. além de nossa homenagem a Moacyr Santos e Ney Lopes, na versão de April Child, que virou um samba/bossa”.

Zanettini é formado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) e Pós-graduado em Canção Popular pela Faculdade Santa Marcelina (SP). Integrou os grupos Café Jam e Aquilo DeI Nisso e gravou vários discos solos, entre eles Beba Música! (2009), com Vânia Bastos e Luciana Souza. Participou de concertos e  de discos de Dominguinhos, Alzira E., Jaques Morelenbaum e Guinga.

Victor Kutlak é Pós-graduado em Música Popular e Bacharel em baixo elétrico pelas Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU/SP). Gudino Miranda é Bacharel em Bateria também pela FMU paulistana. Seu primeiro contato com percussão foi ainda criança, na tradicional Escola de Samba paulista Rosas de Ouro. Miranda começou bem cedo os estudos de bateria numa escola que é referência na América Latina, a EM&T, onde se formou sob a orientação do professor Giba Favery.

Acesse mais informações e as músicas do Beba Trio & Convidados pelo QR Code abaixo.

1574- Natália Lepri e André Siqueira costuram voz e violão em disco lançado pela gravadora Kuarup

#MPB #Violão #CulturaPopular

Com a espontaneidade dos concertos ao vivo, Macramê foi gravado em apenas dois dias. Traz em 13 faixas releitura de clássicos brasileiros e latino-americanos, com a participação de André Vercelino. O disco está disponível nas plataformas digitais e em versão física.

O álbum Macramê, que tem distribuição e lançamento pela produtora e gravadora Kuarup nas plataformas digitais, surgiu do diálogo musical criativo e constante dos artistas. O duo formado por Natália Lepri (voz) e André Siqueira (violão, violão barítono, viola caipira e flauta contralto), traz em sua textura o conceito do contraponto, linha versus linha, ponto contra ponto, como princípio criador. O formato camerístico e a opção de utilizar os instrumentos alinhavando linhas melódicas, além do acompanhamento harmônico tradicional, geram texturas pouco ouvidas neste formato de violão e voz.

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1253 – Caio Padilha (RJ/RN) lança segundo título dedicado à “santíssima trindade” dos instrumentos da música nordestina

OVERLAND: Violas e Veredas, de Caio Padilha, já está disponível nas plataformas digitais e pode ser encomendado, no formato físico, com o autor, carioca radicado em Natal e que abriu o projeto Aprendiz de Sertografias em 2016, quando saiu ARRIVALS: Rabecas e Arribaçãs; música potiguar também merece destaque pelo trabalho do flautista Carlos Zens. autor de sambas, frevos, cocos,  marchinhas, benditos, choros, entre outros ritmos 

A segunda etapa de uma trilogia nordestina que deverá estar pronta até 2022, o álbum OVERLAND: Violas e Veredas, de Caio Padilha, já está disponível nas plataformas digitais e pode ser encomendado, no formato físico, com o autor, carioca radicado desde 1994 em Natal (RN), capital do estado do Rio Grande do Norte. A trilogia, que Caio Padilha batizou de Aprendiz de Sertografias, já possui o título Rabecas e Arribaçãs (2016) e deverá ser fechada com Acordeons e Candeeiros. Músico tocador de rabeca, cientista social, ator e admirador da cultura popular, Caio Padilha também lançou, recentemente, Um Sonho de Rabeca No Meio da Bicharada, disco que saiu pela Kuarup, tema da atualização 1244 deste blogue, publicada em 8 de outubro.

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1229 – Instituto Cultural Abrapalavra promove Mostra Internacional de Violão em Beagá (MG)

De acordo com o cronograma do evento, plateia apreciará concertos de violão e poderá trocar ideias e experiências com Elodie Bouny, André Siqueira, Diego Salvetti, Lucas Telles, Conrado Paulino, Celso Faria, Alessandro Soares, Letícia Leal e José Lucena Vaz.

O Conservatório da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) sediará entre amanhã, 4, e a sexta-feira, 6 de setembro, o evento musical que proporá o encontro entre a tradição e a pluralidade Sons da cidade: Mostra Internacional de Violão de Belo Horizonte, que deverá levar à Capital mineira importantes violonistas da música brasileira e internacional como protagonistas de recitais, além de rodadas de bate-papos para potencializar relações de convivência. Os participantes receberão certificados e poderão acompanhar as sessões de conversas com a ajuda de tradutores especializados em Libras (Linguagem Brasileira de Sinais).

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